O Centro Universitário Metropolitano Unifamma possui uma comissão multidisplinar  – Comissão de Acessibilidade a portadores de Necessidades Específicas – CAPNE – que busca a melhoria contínua da inclusão da pessoa com necessidades especiais, e é responsável por estudar, analisar implementar as ações que promovem uma inclusão responsável, para vencer as barreiras do preconceito e da discriminação e ter direito a uma vida de qualidade.

A Prof.ª Me. Luciana Boligon Refundini, presidente da CAPNE da Unifamma, destaca a importância da inclusão e respeito das particularidades de cada aluno.

1 – Professora Luciana, desde a formação desta comissão em 2014, notamos muitas mudanças no âmbito físico da IES. Quais foram as mais importantes?

Com relação à acessibilidade física, foram diversas ações como: instalação de elevador para cadeirantes; ajustadas as bancadas para o acesso de cadeirantes;  ajustadas rampas; reservas de  vagas de estacionamento; adaptação de banheiros para se tornarem acessíveis para pessoas com deficiência; aquisição de mesas adaptadas para alunos cadeirantes. Além disso,   foi colocado piso tátil na IES, descritores em braile nas portas e acessos.

2 – Quais são as principais regras para incluir uma pessoa com necessidades especiais no âmbito acadêmico?

A acessibilidade física é fundamental. Mas damos muito importância à acessibilidade pedagógica, que é capacitar nossos professores a trabalhar com as necessidades específicas de nossos alunos com deficiência. Damos valor à acessibilidade atitudinal, por meio de treinamento a funcionários, professores e alunos. Isso para  melhorar e respeitar as pessoas com deficiência porque muitas pessoas agem de forma incorreta por ignorância. Não esquecemos da acessibilidade social, com ações e campanhas que incentivam o respeito e inclusão das pessoas com deficiência.

3 – No seu entendimento, em quais aspectos podemos melhorar para tornar a IES um ambiente mais inclusivo?

Ter um controle maior das necessidades especificas de nossos alunos para não deixarmos de atendê-los em suas necessidades específicas.

4 – Conte-nos sobre os projetos que estão em andamento? 

Várias medidas com relação à acessibilidade já foram e estão sendo tomadas, além da conscientização de todos que aqui trabalham e estudam. Hoje, a comissão não está apenas desenvolvendo projetos para que a Unifamma seja uma instituição inclusiva, mas que também possa ser exemplo de inclusão para toda comunidade. “Temos discutidos e estudado para acessibilidade com relação a pessoas com Autismo, já que é uma demanda que vem crescendo e já é uma realidade em nossa IES, fazendo disso um diferencial com relação a outras instituições. Temos estudado também medidas com relação a TDAH. Existe um projeto junto ao cursos de Pedagogia e Psicologia para melhorar a acessibilidade atitudinal da IES. Ainda, IES patrocina o esporte adaptado maringaense beneficiando atletas de basquete de cadeira de rodas. E  existe, em discussão, um projeto junto ao curso de Fisioterapia para dar assistência a atletas de esporte adaptado.

Sobre o trabalho na comissão de acessibilidade na IES, a Professora Mestre Luciana destaca sua história: “Eu dou aulas de educação física especial, para atender pessoas com deficiência. Por isso fui convidada a participar da comissão de acessibilidade para pessoas com autismo surgiu em 2015, a qual era separada da comissão de acessibilidade. Decidimos juntar as duas e continuar com o olhar especial para o autismo. O professor Nilson Oliveira, do curso de Administração, era  presidente e, em 2016, ao deixar a IES, sugeriu meu nome como presidente da comissão e, desde então, tenho assumido essa função. Faço reuniões periódicas com uma equipe multidisciplinar muito competente, que envolve coordenadores, professores de diversos cursos, funcionários e discentes. Já foram atendidas diversas necessidades de alunos com deficiências físicas, visual, auditiva, intelectual e autismo. Realizamos também muitas palestras de conscientização para diversas turmas e  várias  ações sociais para comunidade externa.”

 

A comissão busca que não apenas a  Unifamma seja uma instituição inclusiva, mas que também possa ser exemplo de inclusão para toda comunidade.